Mesa de escritório com documentos, calculadora, laptop aberto exibindo gráficos financeiros e um executivo analisando planejamento fiscal

Ao considerarmos o cenário atual do empreendedorismo brasileiro, com 21,6 milhões de empresas ativas em 2024 – sendo 84% enquadradas no Simples Nacional, segundo estatísticas recentes –, fica evidente o papel do Simples sobre a formalização e o crescimento de pequenas empresas. Porém, já sentimos a movimentação de empresários, especialmente os que atuam no setor de serviços e comércio, em busca de um planejamento sólido para deixar o Simples Nacional em 2026 diante das mudanças tributárias e regulamentares que estão por vir.

Na Conte, temos acompanhado esse movimento de perto e defendemos que, para evitar surpresas e proteger a saúde financeira do negócio, cada detalhe precisa ser analisado e discutido. O nosso propósito é ajudar você a construir o plano mais seguro para fazer a transição com confiança e clareza.

Por que tantas empresas estão repensando o Simples Nacional?

Nos últimos anos, identificamos que fatores como o aumento do faturamento, mudanças no enquadramento, abertura de novas oportunidades de mercados e alterações na legislação levam empresários a repensarem sua permanência no Simples. E, agora, a reforma tributária acrescenta camadas extras de dúvidas e expectativas.

A reforma tributária brasileira prevê um novo modelo de tributos, substituindo cinco impostos federais por um IVA dual, com transição começando em 2026, como detalhado por especialistas em tributação. Embora inicialmente as alíquotas do Simples Nacional não mudem, as novas regras sobre créditos tributários e as relações de negócios entre empresas podem alterar, em 2026 e nos anos seguintes, a competitividade, especialmente em operações B2B.

Pessoa analisando gráficos financeiros em uma mesa de escritório
Planejar a saída é mais do que fazer contas; trata-se de preparar cada passo para não perder competitividade.

O que muda com a reforma tributária?

Segundo os detalhes da reforma tributária, a principal mudança é a criação do IVA dual, que unificará tributos estaduais, municipais e federais. Apesar de micro e pequenas empresas no Simples seguirem recolhendo por meio do DAS, haverá reflexos na relação comercial com empresas não optantes, principalmente no aproveitamento de créditos fiscais.

Na prática, empresas clientes do Simples podem perder parte do benefício dos créditos tributários nas compras feitas de prestadores Simples. Se seu negócio vende para outras empresas (B2B), esse ponto precisa ser levado em conta no planejamento, já que pode afetar preços e margens.

De acordo com uma pesquisa da Omie, 65% dos líderes de pequenas empresas já reconhecem que as mudanças na legislação afetarão diretamente suas operações.

Quando faz sentido planejar a saída do Simples?

Muitas vezes, a decisão não é uma simples escolha, mas ocorre por obrigatoriedade – seja pelo faturamento acima do permitido ou mudanças nas atividades econômicas.

  • O faturamento ultrapassou o teto do Simples Nacional, o que obriga a migração;
  • Houve alteração no perfil das receitas, com ampliação para serviços, atividades ou exportações que tornaram o Simples menos atraente;
  • O relacionamento comercial com outras empresas, que pode perder eficiência devido à restrição do uso de créditos tributários;
  • Crescimento da operação, com novos sócios ou necessidade de aproveitar benefícios fiscais de outros regimes;
  • Adoção de modelo de filiais, franquias ou internacionalização.

Na Conte, analisamos cada um desses pontos com nossos clientes, sempre focando em construir um plano fiscal personalizado. Vemos que, para muitos, a transição bem-feita pode significar mais competitividade e menor carga tributária – mas nunca deve ser feita sem amplo diagnóstico prévio.

Como realizar um bom planejamento de saída?

Em nossa experiência com centenas de empresas que já passaram pela transição, identificamos passos essenciais para um plano consistente e seguro, seja para 2026 ou para outro momento.

  1. Diagnóstico da situação fiscal: Pontue todos os tributos, receitas e obrigações envolvidas antes e depois da migração. Isso inclui simulações claras dos custos, considerando o Lucro Presumido ou Lucro Real.
  2. Análise dos impactos na relação com clientes: Empresas que vendem para outras empresas devem avaliar como a perda de créditos fiscais pode afetar suas vendas e negociações.
  3. Levantamento de obrigações acessórias: Fora do Simples, aumentam as obrigações e a complexidade dos envios fiscais e contábeis. É preciso mapear todas elas para não correr riscos de multas.
  4. Adequação dos sistemas e processos: Revise softwares, automações e integrações para garantir que acompanharão as novas exigências.
  5. Planejamento financeiro: Prepare a empresa para novos custos e fluxo de caixa diferenciado nos primeiros meses pós-saída do Simples.
  6. Capacitação da equipe: Invista em treinamento e orientação dos responsáveis pela área fiscal e contábil.

Reforçamos que não existe fórmula única. Cada negócio tem necessidades e particularidades – por isso defendemos uma análise personalizada feita em conjunto com um contador que conheça a fundo o contexto do cliente, como é prática comum na Conte.

Cuidados e pontos de atenção na transição

Alguns riscos merecem atenção especial:

  • Não mapear corretamente perdendo prazos importantes para comunicação da saída;
  • Deixar de estudar os impactos contratuais já estabelecidos com clientes e fornecedores;
  • Desenvolver simulações simplistas ou genéricas sem considerar o perfil da operação;
  • Ignorar o aumento nas obrigações acessórias e as adaptações nos sistemas de faturamento e controle;
  • Desconsiderar estratégias para redução legal da carga tributária nos novos regimes;
  • Não planejar a reserva financeira para eventuais oscilações nos custos com impostos e obrigações no início.

Desta forma, vale acompanhar conteúdos atualizados sobre planejamento fiscal, tributação das empresas e experiências práticas de migração, como as que compartilhamos no blog da Conte.

Pessoa ao lado de lousa mostrando opções fiscais

Fontes para aprofundar o planejamento

Aprofundar o conhecimento é sempre parte do processo:

Lembramos, ainda, que as regras para empresas em transição fiscal variam conforme o estado e a cidade, assim como o setor de atuação. O acompanhamento próximo e atualizado faz a diferença.

Conclusão: conte com um plano customizado e seguro

Cientes dos desafios e oportunidades que a saída do Simples trará em 2026, reconhecemos que o sucesso dessa movimentação está em um planejamento bem fundamentado, com apoio de profissionais que valorizam o acompanhamento individualizado – como nós fazemos na Conte, desde a abertura da empresa até emissão de notas e consultoria tributária.

Se sua empresa está neste momento de decisão, convidamos você a conhecer nossos serviços e conversar com quem entende das dores e dos objetivos do seu negócio. Foque no seu serviço e deixe a complexidade tributária com quem é especialista. Venha para a Conte e avance na próxima fase da sua trajetória com tranquilidade.

Perguntas frequentes sobre planejamento de saída do Simples

O que é o Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime tributário simplificado para micro e pequenas empresas, que unifica o pagamento de vários impostos em uma única guia (DAS). Esse modelo foi criado para facilitar o recolhimento de tributos e estimular a formalização de pequenos negócios, reduzindo burocracias e custos.

Como planejar a saída do Simples?

O planejamento exige o diagnóstico da situação fiscal, simulação de custos em outros regimes (Lucro Presumido ou Real), levantamento das obrigações acessórias, análise dos efeitos nos contratos com clientes, revisão dos sistemas internos e construção de reservas financeiras para enfrentar novas cargas tributárias. É fundamental o acompanhamento de um contador que faça um plano personalizado.

Vale a pena sair do Simples em 2026?

A resposta depende do perfil da empresa. Para negócios que superaram o limite de faturamento ou atuam majoritariamente no segmento B2B, sair pode trazer vantagens tributárias. Entretanto, cada caso deve ser analisado separadamente, levando em conta impactos fiscais, custos de compliance e oportunidades de créditos tributários.

Quais são os riscos ao deixar o Simples?

Os principais riscos são aumento de custos tributários, perda de facilidades administrativas, maior exposição a multas por obrigações novas, impactos contratuais e falhas no planejamento de fluxo de caixa. Riscos podem ser minimizados com um plano detalhado, treinamento de equipe e acompanhamento especializado.

Como calcular os custos fora do Simples?

É necessário simular os tributos federais, estaduais e municipais segundo as regras do Lucro Presumido ou Lucro Real, considerando receitas, despesas e deduções permitidas. Ferramentas de simulação, controles financeiros atualizados e apoio contábil são recomendados para garantir precisão. Planejar com antecedência é o segredo para não ter surpresas.

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